Peguei esse texto emprestado do blog http://spadeideias.blogspot.com/ e tem muito a ver comigo hoje.
Por onde quer que eu vá, com quem quer que eu fale, sempre acabo tendo a mesma conclusão sobre tantas coisas... A ordem atual parece ser única: Reinventar! Reinventar a vida, a alegria, a amizade, a dor, o sofrimento e até mesmo o amor.
A vida atualmente é de modo geral tão corrida para a maioria das pessoas, o que acaba por forçá-las a novos modos de viver, se divertir, fazer amigos e porque não, de amar.
Mas como se pode reinventar o amor? Tem como? Penso que sim, mas tendo o amor um conceito pré-definido a milhões de anos e disseminado às vezes de forma não tão verdadeira, de forma ilusória, fica complicado mexer... Mudar... Reinventá-lo. Mas ainda assim, penso que com um pouco de reflexão e entendimento do que significa amar, e respeitando o que isso significa para cada pessoa... Isso seja algo alcançável.
Talvez não da noite para o dia, mas num processo incessante de reconstrução, de reinvenção diária. Eis a grande questão: reinventar o amor dia após dia. Se dê esse tempo, de cultivá-lo e reinventá-lo a cada dia melhor... Reinvente o amor e permita-se evoluir com ele ou para ele. Isso pode ser uma experiência encantadora e muito sedutora!
Penso que reinventar o amor é um processo, e como tal tem muitas etapas ou fases. Para evoluir, é preciso do comprometimento de ambos os envolvidos nessa história de amor, é necessário que se tenha cumplicidade. Hum... Essa palavra por si só já é bastante atraente.
Cumplicidade! Essa palavra é mágica num relacionamento. Um relacionamento tem que ser construído pelas pessoas que nele estão envolvidas: com uma pessoa, duas ou mais. Abaixo o preconceito e a hipocrisia! Cumplicidade é entre outras coisas partilhar o todo sem medos ou vergonhas.
Cumplicidade anda ao lado da fidelidade, não da fidelidade física que condiciona a mera exclusividade do corpo. Fidelidade é muito mais que isso: é alma, coração, verdade e sinceridade indiscutível... Isso é fidelidade! É ter no(s) outro(s) o apoio para reinventar a relação de carinho, de amizade, de afeto, de sexo, e é claro, de amor... Tudo junto ou cada qual em seu momento.
Para quem me lê agora, talvez pense: pronto, pirou! Não, pelo contrário, é justamente nessas reflexões que me encontro, e percebo o quanto precisamos ainda evoluir para viver de fato uma história de amor. Não aquele amor romântico regado a muito ciúme, medo, insegurança e tragédia, mas um amor pleno, onde o que mais se deseja é a felicidade do outro. A felicidade do outro, como uma forma de nós mesmos sermos plenamente felizes. O desapego as convenções, ao certo e ao errado, apenas a reinvenção de um amor que seja nosso. Meu e seu, ou de quem quer que esteja em nossa história.
Amar é simples, a gente que complica com tantas exigências. Quando amamos queremos transformar o outro em um reflexo nosso. E aí perdemos o que temos de melhor: as diferenças que nos complementam e nos fazem melhores. Precisamos aprender a respeitar o jeito do outro, desde que este não nos cause mal... Deixemos que cada um seja um... E então possamos somar. Sem sufocar!
(Rê Michelotti)